quinta-feira, 4 de novembro de 2021

O impulso que vem de um mistério empolgante, me jogo?

Você já se sentiu desafiada a ponto de perder o controle? Você sabe que não está no comando, mas está tentando desesperadamente decifrar aqueles pequenos detalhes. O olhar, o toque, a solicitude, aquelas palavras meio soltas, que vem de uma aleatoriedade bem arquitetada, perguntas do mais alto teor de uma curiosidade instigante.

Nesse momento ouço Marisa Monte, depois de, desculpa a expressão, uma porrada de tempo, e até esse fato que pode parecer aleatório nesse texto, diz muito sobre mim, sobre esse momento, sobre a primavera que está vindo em minha direção, “na estrada”. 

Continuando, eu tenho escutado muito mais música que assistido séries e isso é um fato demasiadamente interessante, uma vez que eu me conheço, sei que séries são refúgios de uma realidade, e as músicas são o meu voo sem paraquedas interno. Tenho conversado com meu coração e pergunto o tempo todo: tens certeza? 

Eu sou de pausas, e pausas longas, com vírgulas, mas nem sempre. Essa influência total do meu ascendente aquário está em conflito com meu vênus em câncer, mas isso não explica toda a confusão que me inunda por dentro, bem no lugar que eu devoro, entenda, é bem assim.

Eu digo: Decifra-me! E o elástico estica, sinto que devolvo o desafio. Tem brilho nos olhos e eu sou o incrível dueto de “Via Láctea”, eu posso sentir a gota de vida, gota que é mar e que vem, diariamente transbordando meu peito. Eu estou saindo da caverna?

Eu respiro, eu sinto...

Talvez esse escrito esteja bagunçado, desalinhado, um pouco caótico, quem sabe, mas na minha cabeça começo a encontrar uma certa coerência, porém sigo me questionando sobre muitas coisas deixadas no ar. Por que eu simplesmente não paro de pensar? Surpreendentemente, essas palavras são inesperadas para mim também.

Peço desculpas por toda essa não objetividade, afinal sigo sem rumo aqui, queria apenas esvaziar, confesso, essa era a finalidade quando resolvi escrever, que noite quente.

Será que já encontrei a minha resposta? 

Então, eu me encho de coragem e convido: chega mais, me ofereça uma tortura de carinho, sei lá, bata na porta, vire do avesso completamente o meu mundo, entre!

E tudo isso, toda essa escrita vagarosa, que dobra nas esquinas do meu pensamento para dizer que sim, talvez eu esteja abrindo as janelas, colocando os tapetes no sol, mudando móveis de lugar, escrevendo... Um ato iludido e decididamente não covarde para avisar que estou saindo rumo ao desconhecido e tem uma empolgação controlada aqui gritando, me dizendo o tempo todo, aproveita esse momento e se deixe levar, volte a viver, rápido ou devagar!



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