segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Pensei em você

Ouvi no rádio uma canção que falava de saudade
Pensei em você
Vi na TV reportagens sobre ausência
Pensei em você
Enquanto caminhava pela cidade
Presenciei taxistas conversando sobre alguém que foi embora
Pensei em você
Li na internet coisas sobre boas lembranças
Pensei em você
Passei em frente a lanchonete que um dia matamos nossa fome de café com bolo
Pensei em você
Subi as escadas do apartamento e ri sozinha quando lembrei que você tropeçou e caiu naquela segunda-feira voltando do cinema
Descaradamente pensei em você
Mexendo na minha estante encontrei o filme que você gostava e eu criticava
Pensei em você
O celular tocou e esqueci de tirar a sua música preferida como despertador
Pensei em você
Fui até a cozinha e vi seu biscoito predileto, lembrei daquela madrugada que sentamos no chão e comendo besteiras morremos de rir contando piadas
Pensei em você
Ouço barulho de chaves, acho que você acaba de chegar
Olho pra você durante o jantar
Penso em você
Penso em você
Você fala de coisas do seu trabalho e de alguém que eu não conheço, não escuto o que você diz
Pois estou pensando em você
E eu apenas penso em você
Me pergunto agora onde eu estou na sua vida porque na minha "o nós" virou saudade...

A praça do coração

Fui no banco da praça do meu coração
Onde você gostava de ficar
Todas as noites antes de eu dormir
E não te encontrei mais
E isso já faz um bom tempo
Talvez isso seja um sinal
De que a minha mente
Cansou de te inventar, recriar e imaginar
Tem uma placa "não pise na grama"
E até o banco sumiu também

O outro lado

A fera que se auto devora
A armadilha que se auto sabota
A desespero que se auto enlouquece
O medo que se auto consome
O grito que se auto engole
O coração que se auto destrói
O medo
O amargo
A maldade
A perda
O si mesmo que desaparece

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Mais abraços e menos digitação!

Estamos tão aprisionados em nós mesmos que não enxergamos os sinais que a vida aponta. Estamos tão limitados em nossos problemas que  esquecemos o mais essencial e simples gesto de  reconhecimento, o olhar. O agora ensina a segurança da proximidade distante, andamos olhando pra baixo, escondendo a verdade que habita em nós... Perdemos a coragem de enfrentar o mundo real? Não temos mais a sensibilidade de perceber a beleza do mundo? Não cabe mais a luz? Aliás, não conseguimos mais transmitir e compartilhar a nossa luz? Onde foi parar o olho no olho? Onde foi parar os passeios de bicicleta? E os banhos de chuva na rua? Por que nos sentimos mais seguros digitando frases vazias em conversas artificiais? Falando com pessoas que provavelmente não estão ouvindo ou nem vão permanecer na nossa vida? Uma vida vazia rodeada de desconhecidos, isolados. Uma vida exibicionista de corações pouco atraentes, somos nós! Somos todos nós! Sorte daqueles que ainda sentam em bancos de praças, sentem o cheiro das páginas da imaginação de alguém. Sorte de quem rir sozinho porque percebeu gestos espontâneos de crianças ou gentilezas estampadas em mãos estendidas nas ruas. A vida passa tão rápido e num piscar de olhos perdemos o amor, a inspiração, a admiração, perdemos pessoas, perdemos nossos próprios corações. Sejamos atentos, sejamos essência e não vazio. Sejamos conversa e não solidão. Sejamos abraços e não digitação!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

... II

O que me enche
é tanta vida
O que me sobra
é tanto AMOR

Por um instante

Pela janela do carro percebi você
Seu rosto no reflexo
Por um instante senti você
Como se fosse vida, sangue e ar
Olhei para frente e vi uma solitária árvore
Parada
Intacta
Triste
Observava o ir e vir de tantos sonhos
Momentos
Encantos
E, no entanto, eu estava lá...
Perdida
Parada
Flutuando em meus pensamentos
Por que você surgiu tão de repente?
E por que aquela árvore me fez lembrar você?
Por que dentro de mim o vazio tem seu nome?
E por que estou pensando em você agora?
Escuto o som que a saudade faz quando encontra meu peito
Está tocando aquela musica agora
Bem agora
Você não pode ouvir
A música toca só pra mim

E eu danço sozinha...

Você ainda é uma pérola

Tão misteriosa quanto o fundo do mar
Onde você vai me guardar?
No meio dos seus cadernos?
Ou entre suas pérolas? E por falar em pérolas...
Você lembra?
Daquele dia?
E aquela música?
Daquele carnaval?
E da fazenda?
Da rosa amarela?
Do sorriso tímido na madrugada?
E do banho de chuva correndo na praça?
Nossa árvore ainda permanece intacta, sublime, poética.
Observa nossas idas e vindas
Nossos tantos planejados desencontros que de tão desencontrados quase nos encontramos sem querer naquela tarde.
É tão difícil imaginar as nossas tantas coisas únicas
Que até me pergunto:
Se temos tantas coisas nossas então por que não somos NÓS?
O fascínio é ainda o abraço esquecido em um peito qualquer
O beijo guardado depois daquela conversa de sábado
E os olhares, você lembra?
Minha alma não esquece, ela foi capturada é levada por vc...
Devo ir? Devo ficar? Devo esquecer?
Eu desejo
Eu sonho
Eu espero
Outro dia persegui um raio de sol
Vi sua sombra
Ela fugiu de mim, exatamente como algumas lembranças
Acordo e sinto distanciar a beleza de nós
Durmo e sinto apagar da memória
Você não me responde
Acho que foi mesmo dose única
Uma dose única de uma história de amor
Você ainda é uma pérola
Está guardada em fugas de mim
Quero ter
Quero roubar
Sentir
Em que concha você está agora pérola?


Peito aberto

Alma limpa
Peito aberto
O mundo cabe e sobra
Dentro dos meus sonhos

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Alma exposta ll

Exponho meus medos
Desejos
Sujeitos
Exponho a vontade
Que cabe
Transborda
Me flagro
Amargo
Perdido
Exponho em mim
O reflexo de ti
De alma para alma
Chegue
Fique
Perca as chaves de ir embora
Perca o tempo
A hora
O compromisso
Me devore
Minha alma tem gosto de temperatura certa
Me tome
Me roube
Me explique
Me exponha
Me fique aqui
Em uma só

...

Agora a mente está quieta
E o coração
Em euforia...


Mergulho em mim


Quando percebi estava trancada em mim. Tudo mudou e eu estava diferente. Ser extrovertida não cabia mais, estava eu completamente presa em observações diversas e reflexivas. Me fechei, tinha medo. As pessoas pareciam diferentes pra mim. Pela minha perspectiva as pessoas eram e também não eram mais. Eu parecia eu mesma só que diferente, como se eu tivesse deixado habitar em meu ser um amadurecimento implacável imposto pela vida, pelas dores, pelos pedaços arrancados. Eu quis permanecer, gostei daquele eu calado, daquele eu filtrado. Fiquei, selecionei, escolhi... E percebi o quanto temos sobras desnecessárias, o quanto nos perdemos no que não é importante ou especial. Me perguntei, por quê? 

Deixei ficar o encanto, o olhar profundo e o sorriso desconfiadamente aberto, assim como os meus braços abertos diante de tudo que poderia ser meu. Eu não estou aqui, fui passear e descobri caminhos de luz na minha alma, caminhos que eu não saberia da existência se eu não tivesse parado e mergulhado em mim. Quando você saiu eu pude 'afundar' e descobrir nos espaços vazios o quanto de alegria e amor eu poderia guardar, a possibilidade de escolher ter a felicidade e o afeto de sobra, e de dentro para fora. Dizem que a cada dez anos mudamos. Mudamos de opinião, de sonhos, desejos, ciclos de amizade e de fato isso é tão verdadeiro. 

Quando limpamos aquelas sobras desnecessárias percebemos que temos olhos serenos e honestos, cabelos leves, cabeça fria e asas nos pés. Eu tenho liberdade na alma, agora eu pulo, eu sinto uma vontade imensa de viver. Eu estou quase me reconhecendo em mim novamente, estou gostando tanto desse novo eu que habita em mim, estou leve. Estou florescendo e não me machuco nos espinhos pra isso. Eu aprendi também às vezes desviar, mas sempre enfrentar e nunca, jamais desistir. Seguindo em frente e por aqui e o caminho que diariamente construo, pacientemente, tem tanta coisa bonita!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O melhor de você

Liberte o Grito
Liberte o Pulo
Liberte o riso
Liberte a vida
Corra! Corra!
A alma não espera pra dançar
A alma não deseja parar
Veja! Veja!
O espelho tem você
Seja de dentro para fora
Paz! Calmaria
Alivia
Bom rapaz
Esse peso que te prende
Não te cabe mais
Apague os rastros
Ninguém vai te seguir
Esse é o seu rumo
E o seu mundo é dentro de você
Colha frutos
Regue o jardim
Perfume a casa
Receba os bons corações
Abrace os lindos gestos
Guarde! Construa!
Não perca o instante que começa chover
Seja de dentro para fora
Onde cabe o melhor de você

PazSou

Amargurei dias de sol
Hoje eu até
danço
na
chuva...

Das formas de amor I

Das muitas formas de amor
Versos tristes
Fazem
Doces
Poesias

Realidade Paralela

Como uma realidade paralela do meu coração
Te tenho
Te vivo
Te sou
Te amo
Como uma realidade paralela da minha memória
Te tenho
Te sinto
Te lembro
Te imagino
Como uma realidade paralela do meu mundo
Te tenho
Te fujo
Te roubo
Te moro
Como uma realidade paralela da minha alma
Te tenho
Te bebo
Te como
Te corro
Na realidade paralela
Te tenho
Te quero
Te encontro
Me encontro

Passa por mim

A maré não sobe
A praia é rua
Para seu doce caminhar
Fim de tarde
Estou a esperar
Você vai passar por aqui
Eu sei que você ama o por do sol
A tarde alaranja
Chegou a hora
O céu avermelha
E eu...?
Sonho
Desejo
Sinto e vejo
Como o amor distraído passa por mim...

Sorriso Gaiola

Eu passarinho
Livre
Leve
Gaiola você
Me aprisiona em teu sorriso
Uma casa arrumada
Um lugar macio
Delicado pra ficar
Escolho
Permaneço
Vivo
Voo sem sair do lugar
Canto
Bato as asas
É tão simples ser feliz

Olhos

Janela em mim
Vejo você
Ser
Vista bonita sem cortina

Para você que chegou para ser a “dona da minha cabeça”

Quando eu disse “vem andar e voa” eu fiquei tão assustada quanto você. A doce sensação de sorrir boba ao te olhar, de ficar com borboletas n...