quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Mais abraços e menos digitação!

Estamos tão aprisionados em nós mesmos que não enxergamos os sinais que a vida aponta. Estamos tão limitados em nossos problemas que  esquecemos o mais essencial e simples gesto de  reconhecimento, o olhar. O agora ensina a segurança da proximidade distante, andamos olhando pra baixo, escondendo a verdade que habita em nós... Perdemos a coragem de enfrentar o mundo real? Não temos mais a sensibilidade de perceber a beleza do mundo? Não cabe mais a luz? Aliás, não conseguimos mais transmitir e compartilhar a nossa luz? Onde foi parar o olho no olho? Onde foi parar os passeios de bicicleta? E os banhos de chuva na rua? Por que nos sentimos mais seguros digitando frases vazias em conversas artificiais? Falando com pessoas que provavelmente não estão ouvindo ou nem vão permanecer na nossa vida? Uma vida vazia rodeada de desconhecidos, isolados. Uma vida exibicionista de corações pouco atraentes, somos nós! Somos todos nós! Sorte daqueles que ainda sentam em bancos de praças, sentem o cheiro das páginas da imaginação de alguém. Sorte de quem rir sozinho porque percebeu gestos espontâneos de crianças ou gentilezas estampadas em mãos estendidas nas ruas. A vida passa tão rápido e num piscar de olhos perdemos o amor, a inspiração, a admiração, perdemos pessoas, perdemos nossos próprios corações. Sejamos atentos, sejamos essência e não vazio. Sejamos conversa e não solidão. Sejamos abraços e não digitação!

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